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Os Loucos

Galvão

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Os loucos estão pisando
Em templos imaginários
Seus passos baços traçando
Tranquilositinerários
Nos braços da fantasia
Não têm noite não tem dia
São gestos solitários

Seus bolsos são relicários
Detesourosirreais
Os seus sentidos pressentem
As coisas transcendentais
E reinventam quimeras
Na beira de crateras
Dos tempos e temporais

Os loucos buscam graais,
Madrigais, coplas e hinos
E vão, em seus palafréns,
Tecendo castos destinos
Os loucos não são letais
São poucos, mas são leais
São loucos, não cabotinos!

Emtropéis peregrinos,
Em silêncios sepulcrais,
Os loucos contemplam mitos
Com flâmulas siderais...
Alfim, numa nuvem-lã,
AlcançamAldebarã
E não retornam jamais!

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