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Na alma da noite

Fabrício Marques

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Se vai a tarde a la cria
Reponta no céu a minguante,
Solito no rancho me acho
Tocando recuerdos por diante ...
Lá num canto um grilito "chora"
A tristeza estampada no catre,
Minh'alma se aninha na cuia
E a saudade me ceva um mate!

Pirilampos vêm luzir
As soledades do rancho,
Emoldurando encantos
Na alma do payador,
Das brasas eterno calor
Qual o corpo da morena,
Nas retinas figuram silhuetas
E matizes da pequena!

Por que será que na ausência dela
As minhas noites se fazem tão frias?
- Saudade e distância se fundem em versos,
Que o peito teima jujar melodias!

A guitarra ponteia anseios
Aquerenciados aqui no posto
E o vento flauteia coplas,
Prenunciando o gelo do agosto ...
Como então enfrentar o inverno
Emponchado de quimeras?
Pois ausentou-se minha flor:
- A razão das primaveras!

O mesmo grilo faz costado
Na madrugada mais longa
E solta o verbo sem delonga,
Amadrinhando este cantador,
Que canta versos de amor:
- De carícias e açoites
Retratando sentimentos,
Que habitam a alma da noite!

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