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Canto Ao Pastoreio

Fabio Soares

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Boleio a perna no verso do verso faço uma prece
A inspiração transparece num simbronaço de luz
Que este negrinho traduz na devoção da minha raça
Que vive pedindo graças como a um segundo Jesus

E como tantos pedi e também fui atendido
Achei meus sonhos perdidos de adelgaçados anseios
E agora que sento arreios no lombo desses rosilhos
É graças a ti que encilho negrinho do pastoreio

Escreves por linhas tortas de forma certa e parelha
E segues batendo orelha com tantos santos sangrudos
Canonizados, faxudos no pedestal das igrejas
Mas tu tens campo e carqueja e o rio grande acima de tudo

Te guardiou outro moreno entre o tempo e a distância
Também crioulo de estância mesma alma e transparência
Mesma cor na descendência e o mesmo gosto por potros
Encarnados um no outro pra sinuelar a querência

Vos agradeço parceiros por esta graça alcançada
Me destes céu e estradas e rumos a percorrer
Pingos de lida e lazer meus troféus de casco e crina
O bem maior da campina que um gaúcho pode ter

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