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Mote do Cantador

Fabiano Dian

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Mote do Cantador

Dez vezes eu vi a lua
Dez dias avante eu olhei
A hora, agora, eu sei
É da verdade tão nua
Da palavra mais crua
Que fere sem machucar
Grita sem poder falar
Quero esconder-me no abrigo
Quem não tem um ombro amigo
Tem o dever de cantar

Tiros ecoam na rua
E eu esqueço o que sonhei
Becos por onde eu andei
Fraco, armado, recua
Me diga qual é a tua
Melhor coragem guardar
Queres me desafiar
Te prepara pro perigo
Quem não tem um ombro amigo
Tem o dever de cantar

Puxa logo a tua viola
E pega o que Deus te deu
Se for o mesmo que eu
Sei o quanto isso o amola
Há tanta pedra que rola
E que não sai do lugar
Tanta luta pra ganhar
Ouça o que eu te digo:
Quem não tem um ombro amigo
Tem o dever de cantar

Por isso eu vivo sozinho
Sem vontade de esquecer
Do velho alvorecer
Que surgiu no meu caminho
Eu, um estranho no ninho,
TRalvez devesse chorar
Ali, na mesa do bar,
Ela me disse algo antigo:
Quem não tem um ombro amigo
Tem o dever de cantar

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