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Animaexhalare (tradução)

Eths

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Eu senti o desespero em sua queda, essa negação, seu repúdio da vida que nos uniu por rancor.
Eu entendo, sinto o vício que te leva para o fundo, ele corre em mim, me atrai para ti.
Sem a voz, o diálogo é mais audível e só resta sua mão, seus escritos que finalmente substituirão seus gritos
Um odor de carne se disputa ao do perfume, toma posse do ar.
Violentamente sugado para dentro do buraco, ele me olha, sem vontade de viver, e me lança: "agora ou nunca".
Todas essas palavras que nunca pudemos trocar no silêncio pelos olhares de nossos seres quebrados.
Doce momento, doce mãe...
Sem fraquejar, a censura alimenta o desejo furioso de contemplar enfim um espetáculo comum.
Por várias vezes, eu escrevi um roteiro implacável.
A cada noite o infeliz hábito do ajuste, revoltável.
O trabalho do tempo não deixa as sombras dessas horas, os flashes intercalados desse inferno assustador que nos rompe.
Fluxos de etanol corrosivo queimam suas escolhas, eis o que me restou de você, uma lenta luz quente de um sol frio, esses raros instantes de profunda comunhão, a destruição é inevitável.
Por muito tempo ele ficou na escuridão, um desejo impaciente de ir embora, de crescer e abandonar o antro impregnado de fumaça, banhado de álcool, quebrar as correntes do passado e criar o irreal.
Eu perdi meu ideal visceral nos abismos de uma obscuridade absoluta, esses doces acordes dissonantes de melancolia, estridentes, desenterrando meu cadáver aborrecido.
Face nua ao mundo, a asfixía arterial parece natural.
As idades podem correr, a experiência alimentar-se, os ressentimentos apodrecerem, as texturas ficarem no tom e o tempo dar uma chance de curar.
O inseto que prolifera, morde as células, enriquece pelo abuso, ameaçando milhas somáticas, que você devorou.
A besta morre de fome presa em sua garganta.
Agora você está entre nós, minha mãe bondosa, calma ao lado daqueles que nos constroem.
Engrandecendo aqueles que aprenderam à dominar esta sinistra loucura atávica que prende você e eu.
No fim teremos que saber, essas últimas horas silenciosas antes da partida, goles de sorrisos delicados, de atenção, essas explosões de compreensão estarão gravadas para sempre na minha memória.
Eu poderia gostar tão pouco de tudo isso, é tão difícil, eu sinto falta.

Letra original

J'aurais dû ressentir la détresse dans ta chute, ce déniement, ton refus de la vie qui nous lia par dépit.
Je comprends, ressens l'addiction qui te boit vers le fond, elle court en moi, m'attire vers moi.
Sans la voix, le dialogue est plus audible et seul reste ta main, ses écrits qui finalement remplaceront tes cris.
Une odeur de chair se dispute au parfum, prend possession de l'air.
Violemment aspiré par ce trou béant, il me regarde, atone, et me lance « maintenant ou jamais ».
Tous ces mots que nous n'avons jamais pu dire s'échangèrent dans le silence par les regards de nos deux êtres fissurés.
Doux moment, douce maman…
Sans faiblir, l'animadversion alimentait ce désir furieux de contempler enfin un spectacle commun.
Maintes fois, j'ai écrit un scénario implacable.
Chaque soir l'habit du malheur s'ajustait, inavouable.
Le temps, son œuvre, ne laisse de ces sombres heures que des flashs intercalaires de cet enfer effrayant qui nous brisa tous.
Des flots d'éthanol corrosif brûlaient tes choix, voilà ce qu'il me reste de toi, une lente lumière chaude d'un soleil froid, ces rares instants profonds de communion voilant l'inévitable destruction.
Longtemps il n'est resté des ténèbres qu'une envie impatiente de partir, de grandir abandonner l'antre imprégnée de fumée, baignée d'alcool, briser les chaînes du passé, créer l'irréel.
Mon idéal viscéral perdu dans les abysses d'une obscurité absolue ces doux accords dissonants de mélancolie, stridents, exhumèrent mon cadavre de l'ennui.
Nu face au monde, l'asphyxie paraît naturelle, artérielle.
Les âges peuvent courir, l'expérience nourrir, les ressentiments pourrir, les textures atonales et le temps donnent une chance de guérir.
L'insecte qui pullule, grignoteur de cellules, engraissé par l'abus, menaçant de mille somations, te dévora.
Emprisonné dans ta gorge, la bête affamée se referma.
Te voilà maintenant parmi les nôtres, ma mère bienveillante, apaisée aux côtés de ceux qui nous construisent.
Engrandissent, ceux qui nous ont appris à dominer cette sinistre folie atavique qui nous étreint toi et moi.
Nous n'aurons pu faire connaissance que sur la fin, ces dernières heures muettes avant le départ, gorgées de sourires délicats, d'attention, ces souffles de compréhension ont gravé à jamais ma mémoire.
Je n'ai pu goûter que si peu à tout ça, c'est si dur, ça me manque.

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