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Empilhando Sonhos

Éder Goulart

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Negro Lucídio de há muito gastou os dedos
Reculutando pedras por ofício em seus termos
Compondo taipas sentando todos seus segredos
Empilhando sonhos serpenteando pelos ermos

Vaqueanos seguiram tranqueando por estes cerros
Conduziram tropas culatreando seus anseios
Floresceram povoados demarcados pelos cincerros
Moldaram raça e nação escorando tempo feio

Moreno se foi deixando as linhas da história
Pedras brancas empilhadas luzindo uma nesga de sol
Corredores marcos de sonhos refletindo trajetórias
Floreando a alma serrana moldada pelo arreból

Floreando as cismas do tempo entordilhou pedra ferro
Velhaqueadas de mulas ressabiando boi-de-botas
Sujeito aporreados entre estouros e berros
Lejos se foi o passado afundando caminho das tropas

Novos tropeiros que hoje redomoneiam a essência
Cabresteando ânsias xucras cismando atam bocal
Apresilhando nos tentos recuerdos da querência
Entoando versos e bordões espelhados no manancial

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