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Lampião, o Rei do Cangaço

Diassis Martins

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Eu hoje devia ser um distinto cavaleiro a justiça me faltou devido eu não ter dinheiro
Meu pai foi assassinado e para ser vingado me fizeram um cangaceiro.
Achava muita desgraça e uma falta de atenção, o cabra matar meu pai e eu não dar satisfação.
Peguei o rifle ligeiro com a cartucheira no peito andei-me pelo sertão.
Saí sem destino certo como qualquer outro sai, precisava encontrar o matador do meu pai,
Avistei-me com o patife dei toda carga do rifle que cabra não disse um ai.
Fiquei de peito lavado, parti para me entregar, mas a justiça injusta não quis meu crime julgar, fiquei desassossegado, perseguido e odiado, meu destino era matar.
Percorri todo o nordeste, andei vila e povoado, visitei ricas fazendas e dono de boi arados, vi o rico que oprimia e o pobre que sofria, vi o sertão revoltado.
Passava o nordestino o pior do desespero vivendo sobre a chibata do coronel do dinheiro, fraco não fazia enredo pois o império do medo mandava o sertão inteiro.
A lei era do mais forte, justiça era uma escacidez, o rico mandava em tudo, o pobre não tinha vez, para o rico tinha justiça, tinha capanga e polícia e pra pobre tinha xadrez.
Falam até que fui injusto, injustiças pratiquei, se velhos, crianças inocentes foi quem mais respeitei, o homem que escravizava, que matava e que roubava, todo esse eu liquidei.
E com meu papo amarelo nunca respeitei duelo, fui cangaceiro, fui rei.

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