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Galpão de Minha Infância

Denis Pires

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Velho galpão de minha infância,
Coberto de santa-fé,
Os anos nos transformaram,
Mas continuamos de pé,
Guardando histórias no tempo,
Abrigando gerações,
No calor de tuas paredes,
Aqueço minhas canções.

Passam anos muitos anos,
Mas você não envelhece,
És templos dos meus anseios,
Onde rezo minhas preces,
Nos picumãs de teus caibros,
Se revelam sentimentos,
Que sucumbiram nos catres,
Por ter me faltado alento,

O chimarrão companheiro,
Sorvido nas madrugadas,
Revive sonhos antigos,
Que se extraviaram na estrada,
O vento entra pelas frestas,
Trazendo recordações,
Do calor dos lábios dela,
Vindo de outros galpões.

Quando eu não puder mais,
Cavalgar essas lonjuras,
Volto ao teu aconchego,
Pra contemplar as planuras,
Vou recordar com carinho,
As noites que me aqueci,
Envolvido em meus segredos,
Que só contei para ti.

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