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Luísa e Seu Pai

Daniel Dórea

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Abriram as portas da fazenda
Os animais correm por todos os lados
Até onde o sol não esquenta

A cavalaria agora passeia
Pelas terras do velho coronel
Coronel Abelha

Ele senta na pedra
Ao lado da doce Maria Luísa
Pele clara, cabelos cor de areia

Foi criada num berço dourado
Cercado de grades de ferro
Às vezes podia passear no jardim

Seu pai, militar
Barba, bigode e pêlos no peito
Pelo seu peito só vazio
Desde que ficou sozinho
Sozinho...

Os anos passavam
E Luísa crescia sozinha
A milhas de distância
Do quarto do seu pai

Enquanto caminhava
Da cama até a cozinha
Sentia a vida escapar

O coronel chorava fazendo suas contas
E recebeu a carta
Que já esperava

Abriram as portas da fazenda
Os animais correm por todos os lados
Até onde o sol não esquenta

Agora, da estrada, os dois vêem ao longe
O lar, onde estranhos vivem
Onde o passado vive
E promete machucar

Luísa e seu pai

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