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Canudos

Chico Pottier

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Eu já vi de tudo no sertão
Vi de conselheiro a Lampião
Eu já vi de tudo no sertão
Vi de asa branca à assombração
Eu vi tombar um povo tão raçudo
Entre os muros de Canudos
Era um Brasil que sucumbiu
Eu vi a fortaleza esmagada
Tanta criança fuzilada
Na pobreza que ruiu

Primeira cara do Brasil, ô, ô, ô
Foi pau de arara de fuzil
Que ninguém lembra, ninguém viu ô, ô, ô
Foi pau de rara de fuzil!

Eu já vi de tudo no sertão
TantaSeverina de esporão
Eu já vi de tudo no sertão
Até lobisomem no capão
Mas nunca, guerra assim tão vergonhosa
Que a história desdenhosa
Ainda deve explicação
Eu vi pelo olhar de Conselheiro
Queimar o sonho brasileiro
De ter cara de nação

Primeira cara do Brasil, ô, ô, ô
Foi pau de arara de fuzil
Que ninguém lembra, ninguém viu ô, ô, ô
Foi pau de rara de fuzil!

Euclidiar o racial ô, ô, ô
É igualar o social
Cunhar a face racial ô, ô, ô
É resgatar o nacional. Brasil!

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