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Uma Milonga Das Buenas

César Oliveira e Rogério Melo

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Uma milonga das buenas
Sempre fala da fronteira
Em cavalhada matreira
E choro de nazarenas
Uma milonga das buenas
Me faz lembrar uma volteada
Que um zaino venta rasgada
Por velhaco e sem costeio
Quase me atorou no meio
No estouro de uma bolcada

Uma milonga das buenas
Revira o mundo num pealo
E quando eu monto a cavalo
O Rio Grande "se apequena"
Uma milonga das buenas
É igual a ventania louca
Que entre muitas e poucas
Tem o resumo bagual
Veio da banda oriental
E se perdeu de boca em boca

Uma milonga das buenas
Lembra noites de garoa
Que ao despacito encordoa
Caindo mansa e serena
Uma milonga das buenas
Me dá força pra que eu cante
E esta pampa se levante
Sobre o lombo da guitarra
Enforquilhada nas garras
Levando tudo por diante

Uma milonga das buenas
Fala em junco e aguapé
Em ranchos de santa fé
Por isso que vale a pena
Uma milonga das buenas
Bem cantada se governa
Chega e boleia a perna
Em qualquer galpão de estância
Pois anda a encurtar distância
E o tempo adentro se inverna

Uma milonga das buenas
Tem que ter alma de potro
E o sarandeio maroto
Do corpo de uma morena
Uma milonga das buenas
Me traz recuerdos de amores
Perdidos nos corredores
Extraviados nas taperas
Quando a china se entrevera
Num duelo de payadores!

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