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Das Minhas Fronteiras

César Oliveira e Rogério Melo

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Qualquer dia eu junto as garras
Encilho o Mouro e fecho as casas
Alço a perna no destino que se vai
As estradas são caminhos
Por onde sonhos e espinhos
Traçam rumos desiguais.
O meu Mouro tem um sonho
Igual ao meu, de ser livre
Não importa onde se vai,

Nem que tenha que bandear
O Uruguay a nado
Pra achar o que perdi do lado de cá.

E num galope de adeus
O aceno dos meus
Pelo olhar das porteiras
E a minha alma se aninha
Por não saber dessas linhas
Das minhas próprias fronteiras.

Uma lágrima gaviona
Molha o meu rosto
E se adona e simplesmente se vai
Na cacimba das retinas
Ausências brotam rimas
Para regar o Uruguay.

E se um dia eu me extraviar
Pelos caminhos deste mundo
E o meu Mouro der de rédeas pra voltar
Hey de afinar minha guitarra
Pelo canto das Cigarras
Que me esperam pra matear.
E as estradas me contemplam ao partir
Num silêncio que aperta o coração,

Sou mais um paysano triste
Que solito ainda insiste
Em buscar outro rincão

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