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Sobriedade em Blues

Carvalho Voador

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Sobriedade em Blues
Eu não posso tomar wisk e sentir de verdade um blues. Eu não posso ficar muito triste, euforias de não me traduz. Nada me faz aceitar os convites, eu me escondo que nem avestruz, só que não me convém que eu me arrisque lá nos bares da estação da luz. É que eu não tenho os olhos azuis, tenho alto piedade em blues.
Não estou mais no meu inferno, hoje cedo já estou de saída. Não preciso mais vestir o terno de madeira e sobre mediada. Eu até escrevi no caderno a história da minha vida e os problemas com meu pai paterno e com minha mãezinha querida. É que eu não tenho os olhos azuis, tenho alto piedade em blues.
Não estou mais trancado no banheiro esperando a polícia entrar, não preciso entrar no chuveiro sem primeiro a roupa tirar. Eu não devo mais nada o bicheiro e nem apanho na cara num bar. Eu só quero juntar um dinheiro, só que tenho que ir trabalhar. É que eu não tenho os olhos azuis, tenho alto piedade em blues.
Já levei essa brincadeira ao poder superior. Vou levando a minha maneira, não preciso viver de favor. Eu conheci uma moçada maneira, que me aceita e me dá muito amor. Escrevi essa brincadeira para rir do meu próprio horror. Acabou a alto piedade e começou a sobriedade em blues.

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