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Expresso Boiadeiro

Carlos Cezar e Cristiano

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Soltem no pasto meu cavalo Ventania
Que atrás do gado me levou sertão a fora
E adquiri um caminhão de cem cavalos,
Do que já fui, bem mais feliz eu sou agora
O caminhão não cansa o gado e não me cansa,
E ao fim da viagem pra chegar sou o primeiro
Mesmo gastando combustível ainda compensa
Ser motorista de um expresso boiadeiro.

Fui no passado um pioneiro
A cavalgar atrás do gado o ano inteiro
E hoje sou caminhoneiro
A dirigir o meu expresso boiadeiro.

Antes tocava meu berrante pela estrada,
Hoje desperto meu sertão com a buzina
Antes levava moça linda na garupa,
Hoje essa moça vai comigo na cabine
Antes a onça com seus olhos clareava
A noite escura envolvida na neblina
Hoje o progresso colocou as faixas brancas
E o rumo certo sobre a pista vira em tinta.

Do ontem ao hoje dividido está o tempo
Que se formou na era da velocidade
E mesmo assim ao recordar do meu berrante,
Sinto no peito a dor gostosa da saudade
Longas pousadas nos varjões ao pé do fogo,
Até parece do café sentir o cheiro
Ouvindo histórias e violas ponteando,
E quando acordo estou no expresso boiadeiro.

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