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O Caminho do Meio

Cal Ribeiro

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Afinei as cordas do violão.
Como estão, dedilho esta canção.
E o som que flui, em diapasão,
É de harmoniosa vibração.

Se eu folgar as cordas, o som não sai não,
E não toca nem a alma nem o coração.
Se apertar demais, partirão.
E som partido toca em outra dimensão.

Nem tanto, nem tão pouco,
Nem tão são, nem tão louco.
Nem oito, nem oitenta,
E o preto com o branco acinzenta.

Tudo vem e volta pro centro
De dentro pra fora, de fora pra dentro.
Há um caminho que o raio ilumina
Caminho do meio, que buda ensina.

No pêndulo, a corda vai e vem,
E há um ponto, equilíbrio dinâmico, zen,
Equidistante entre os extremos, om, amém.

Assim como a alma intermedeia
A relativa matéria e a absoluta energia,
Entre a ciência e a religião, há a filosofia,
E há serena madrugada, entre a noite e o dia.

Entre o início, um ponto, e o fim, a meta,
Tem o meio do caminho, com muitas setas,
Onde há amor, carinho, pedras, espinhos, curvas e retas.

No pêndulo, a corda vai e vem,
E há um ponto, equilíbrio dinâmico, zen,
Equidistante entre os extremos, om, amém.

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