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Regras da Prisão

Aipim

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E quando ela diz que é deselegante
Sentar-se com as pernas abertas
Dizer palavrões e abortar
Mal sabe ela
Que isso é uma maneira de se manter atada
A uma lógica impessoal

Perigo é sua voz e fala
Porque tem o controle e autonomia
É ela quem muda o cenário global
Então, fala cê é a protagonista

Ainda há um medo daqueles que acham
Que ela precisa de alguma proteção
Mas não precisa, não
Pois sendo ela: Operária, lavadeira ou presidenta
Suas próprias mãos e cabeça são suas ferramentas

Tendo seu autoconhecimento
E um venerável respeito
Pra lidar com suas próprias consequências
Usando da sua própria força
Pra poder falar e se sentar a seu modo
Deitar com quem quiser em sua cama
Pra não ser mais a deselegante boneca de porcelana

Pra não fazer parte de uma imagem degradada
De uma moça de saltos e maquiada
Com etiquetas e regras exageradas
Que pode mudar o mundo, mas contenta-se em ser mal informada
Suas próprias mãos e cabeça são suas ferramentas
Suas próprias mãos e cabeça são suas

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