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Ponteio

Agostinho dos Santos

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Era um, era dois, era cem,
Era o mundo chegando
E ninguém que soubesse que eu sou violeiro,
Que me desse amor ou dinheiro,
Era um, era dois, era cem,
E vieram pra me perguntar,
A você de onde vai, de onde vem ?
Diga logo o que tem pra cantar,
Parado no meio do mundo,
Senti chegar meu momento,
Olhei pro mundo e nem via,
Nem sombra, nem sol, nem vento,
Quem me dera agora eu tivesse a viola pra cantar.

Era um dia, era claro, quase meio,
Era um canto calado, sem ponteio,
Violência, viola, violeiro,
Era a morte ao redor, mundo inteiro,
Era um dia, era claro, quase meio,
Tinha um que jurou me quebrar,
Mas não lembro de dor nem receio,
Só sabia das ondas do mar,
Jogaram a viola no mundo,
Mas fui lá no fundo buscar,
Se tomar a viola, ponteio,
Meu canto não posso parar
Que me dera agora eu tivesse a viola pra cantar.

Era um, era dois, era cem,
Era um dia, era claro, quase meio,
Encerrar meu cantar, já convém,
Prometendo um novo ponteio,
Certo dia que sei por inteiro,
Eu espero não vá demorar,
Esse dia estou certo que vem,
Digo logo que vem pra buscar,
Correndo no meio do mundo,
Não deixo a viola de lado,
Vou ver o tempo mudado,
E um novo lugar pra cantar,
Que me dera agora eu tivesse a viola pra cantar,
Que me dera agora eu tivesse a viola pra cantar....

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