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Sebastião

Achiles Neto

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Quando eu me tornei menino, aprendi a admirá-lo
Em seu peito trespassavam flechas em sinais de morte
Que também em mim sangravam por julgarem minha sorte
Por acaso ou por destino, sou o seu filho mais velho

Às vezes bem parecido no jeito de ser estrela
Forte, belo e aguerrido Eu, sensível e novela
Reza o passo em proteção de meu pai Sebastião
Reza a fio na imensidão Reza a São Sebastião

Quando eu for apontado como o fim da natureza
É quando mais me pareço ao guerreiro pervertido
Que desafia o inimigo pra manter a chama acesa
Tendo o corpo enfraquecido, faz do amor sua fortaleza

Mesmo que o sangue transborde no poço da ignorância
Mesmo que a fé não concorde, é o amor que avança
Oh, Sebastião, nos faça resistentes às flechadas
E se a intolerância lança, meu socorro é sua casa

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