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No frio daquele corredor o corpo era medo e dor.
Não tinha mais expectativas de sobreviver àquela chacina.
As horas não queriam passar. Até quando vou ter que esperar?
Ouvia-se urros de agonia, parecia o inferno a cena que eu vivia
A cada minuto mais um paciente chegava ferido ou muito doente.
Alguns morriam antes de passar pela triagem dos que podem salvar.
Saúde pública é carnificina, isso me alucina, é preciso mudar.
Os porcos malditos sugam até a alma, se fartam de impostos e o povo a penar
Imoral! Anormal! Abissal! Maldito matadouro!
Sem igual! Factual! Governamental! O alvo é o povo!
A mãe que perdeu o filho por não ter auxílio, remédio e atenção.
O homem foi cirurgiado, porém deu errado, foi negligenciado.
O político se trata como um rei no sírio libanês, e você não tem vez.
Meu ódio é alimentado pelo corpo enterrado que não é burguês
Imoral! Anormal! Abissal! Maldito matadouro!
Sem igual! Factual! Governamental! O alvo é o povo!
Meu plano de saúde é não ficar doente, pois ser dependente é roleta-russa.
Parece um hospital, mas é um matadouro gerido por loucos, isto é real.
Imoral! Anormal! Abissal! Maldito matadouro!
Sem igual! Factual! Governamental! O alvo é o povo!