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Ainda Não Morremos Todos

A286

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Pode ter certeza, hoje não vai subir coragem e esperança
Liberdade pra nós, mesmo que a base de matança
Vingar os que pela causa já sangraram
Que a má conduta forjaram, e sem razão balearam

Me adaptaram ao medo camuflado de preto e vermelho
De cruz no peito e fé nos armamentos
É desse jeito mesmo, ai questão de tempo e sofrimento
Aqui o dom do amor vai embora cedo

Não queria, porém fazer o que se é necessário
Mais ódio que piedade em guerra, o bom morre frustado
Doutrina que as dor ensina sem misericórdia
Enterrando parente sem assistência psicológica

É foda, é quente, o medo é inconsciente
Geração de defesa te instiga consequentemente
Hoje o pivete não fez dinheiro não
Oferecendo bala pros passageiros no busão

Espera alguém vir rasgar teu peito por bem material
Para você entender o quanto educação era vital
Onde não há evolução sem conhecimento e arma
Não existe medicamento só sangue ameniza a raiva

A imagem é triste não é assim que a gente vive boyzão?
Entre os becos tentando entender o que é compaixão
Errou quem acreditou que ainda é possível ter paz
Vai me entender com alguém recolhendo seus restos mortais

Pela tragédia social na versão dos vencidos
A ação covarde do gambé, no morro dando tiro
Nós vai sangrar, nós vai lutar até o fim dos conflitos
A286: exército dos excluídos

Ainda não morremos todos...
Enquanto houver motivo, vai ter tiro
Ainda não morremos todos...
Comer seu lixo não é comigo, morô?

Reconheço a importância dos programas pros pobres
Só que lazer sem emprego é anestesia precoce
Nem tenta, enfia no rabo seu texto decorado
Quer convencer que ong tá pelos favelados
É subestimar minha sobrevivência no inferno
Uma vida neutralizando rancor em afeto moderno
Não tem o talento descoberto entre grades
Pm pintando quadro, esculpindo sabonete

Quantos futuros químicos acabou de glock e touca
Sobrevivendo em presídio destilando maria louca
Comprovando que competência nível multinacional
Não é só pro que não teve escravo como ancestral

Tô pelos que vem com rap na mente decorado
De boné 1 da sul, de lenço e bobojack
Que essas horas tá pelo rango na mesa
Sem segurança na máquina da empresa

Tenho problema sim, psico alterado
Que descobri que é impossível ser feliz com 5 conto diário
Entre o trampo caseiro adaptado a situação
E o parceiro armado com a planta da mansão

Ontem queimaram busão, mataram polícia
Ignorando os recursos de alta tecnologia
Amanhã a vítima vai ser o governador do estado
Antes de eu ser o tiradentes morrendo esquartejado

Pela tragédia social na versão dos vencidos
A ação covarde dos gambés, no morro dando tiro
Nós vai sangrar, nós vai lutar até o fim dos conflitos
A286: exército dos excluídos

Ainda não morremos todos...
Pronto para atirar... agora é guerra...
Ainda não morremos todos...
Seu herói pede socorro nessa cena

Agradece ai boyzão por cada um que optou
Pedir esmola no busão, na estação do metrô
Se sujeitou sem pudor no cruzamento
Balança a seta, a bandeira pra venda de apartamento

Mó tiração, mas cê vai ver que nem todos se conformam
Com cobertor no guarda roupa substituindo as portas
Com a vida inalando bosta, beirando córrego
Hospedando parasita país que epidemiológico

?vai, vai, vai, dá o celular, solta a bolsa, não grita?
É justiça pro que só viu direito em teoria
Perdeu aula na escola em dia de chuva
Com a reforma limitada em nota fiscal sem estrutura

Enquanto pregam mandamento de cristo pro paraíso
Tô investindo em caça, bomba, míssil sonhando com o inimigo
Degolado vivo, exposto em vidro na net
Aprisionado no trigo a urina e fezes

Aqui o ensino fundamental é manusear rifle fal
Para avaliar q.i. negociando refém com policial
Pro fim do julgamento o audiovisual eternizado
Sobre regime indisciplina diferenciado

Hoje a manifestação vai ser pacífica,
Igual a ação da polícia na periferia
Feito processo dejavu pressinto os tiros da tática
Mas antes derrubo um helicóptero, te mato carbonizado

Pela tragédia social na versão dos vencidos
A ação covarde dos gambés, do morro dando tiro
Nós vai sangrar, nós vai lutar até o fim dos conflitos
A286: exército dos excluídos

Ainda não morremos todos...
Todo mundo pro arrebento quero ver quem segura...
Ainda não morremos todos...
Se quer guerra terá.... quero em dobro

Enquanto houver motivo, vai ter tiro
Comer seu lixo não é comigo morô
Pronto pra atirar... agora é guerra
Seu herói pede socorro nessa cena
Quando deus não ajuda a pólvora faz seu papel
Se quer guerra, terá!

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