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Amigo, eu venho debruçar-me no teu ombro
P'ra fazer a confissão do meu fracasso
Para dizer que este covarde não tem força
De voltar contra o seu peito o próprio braço
Amigo, eu venho não em busca de um conselho
Nem de apoio moral p'ra minha dor
Venho apenas, meu irmão, meu camarada
Para dizer que roubei o teu amor
Quero dizer-te, meu irmão, meu camarada
Que lutamos contra tudo, ferozmente,
Que tentamos esmagar os corações
Mas o amor foi bem mais forte, infelizmente
Um assassino, que mata a sangue-frio
Um ladrão que assalta a mão-armada,
Talvez sintam no peito este remorso
E esta vergonha que na face retrata.
Amigo, nunca mais me estenda a mão
Que não merece, por mim, ser apertada,
Nem essa mulher merece o teu perdão.
Esquece que existimos, camarada !...