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Silvestre Kuhlmann

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Quero voar, não tenho asas;
Poesia, asa ritmada,
Vem e me acode, sacode o pó,
Me tira do chão!

Poesia, embrião,
Sou da terra, me devolve ao chão!
Me enraíza ao solo e o sol quero ver
Tão constante enquanto mudo,
Mudo.

E ao mudar a estação,
E ao chegar o outono,
Ao caírem as folhas,
Lembrarei que fui sombra, flores, frutos...

E um dia, serei lenha,
Boa madeira,
Talvez um teto,
Uma farta mesa,
Um violão,
Ou terminar como húmus
Chão da nação que amo.

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