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Do lado de cá da porteira

Rui Carlos Ávila

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Ao passo que o breu da noite se perde junto à fumaça
O horizonte se alegra e o branquilho adelgaça
Aos gritos de vira frente, pondo tenência nas normas
Entra na forma tropilha, enquanto o dia se forma

Talvez quem olhe a mangueira, cenário de ensinamentos
Veja nas tabuas, molduras pra uma tela em movimento
Que a cada passo a lida, de crina e trança de couro
Pinta uma sena sulina no mesmo pago crioulo

Já de rédea na mão, fechando um baio a preceito
Enquanto outro se entona com a cincha no osso do peito
Acácio percebe o filho bodoqueando a curunilha
O piá fez o bodoque, o pião se faz forquilha

Desgarrado lá num canto, mais parecendo um postal
Um campeiro de ontem repete o seu ritual
Acompanhar a encilha, tal se buscasse um reponte
Pra recruzar os caminho que lhe mapeiam a fronte

Do lado de cá da porteira, talvez imitando um monge
Um perro, também no fim, cuida os que foram de longe
Decerto é isso que resta depois de tanta vivência
Passar aos novos confiança, aos olhos da experiência

Já de rédea na mão, fechando um baio a preceito
Enquanto outro se entona com a cincha no osso do peito
Acácio percebe o filho bodoqueando a curunilha
O piá fez o bodoque, o pião se faz forquilha

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