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Amanhã

Rappek

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Que venha mais um dia preparado pra amanhã,
Só pra ver família sã, sem receio de afã.

Pecado já foi maçã, hoje é ira de um titã,
Que no jogo aposta a vida confiando em talismã.

Sei, tem vários Talibã que não tem o que comer,
Bem pior que Vietnã, luta MST.

O povo é soberano, mas o governo é tirano,
Incógnita é paz porque o tempo é cigano.

Antônimo na rima era só uma ironia,
Pois na prática eu falo, mas ajo na teoria.

Não perca a sua fé mesmo que seja clichê,
Porque dos muitos que não tem, todos estão a mercê.

Não dou ênfase a retórica, pois tem que ser assim,
Se tão perto do começo estou perto do fim.

Não vão falar por mim, nem mil alto-falantes,
No entanto, ainda vivo como se fosse um errante.

Amanhã, tudo vai melhorar....
Amanhã, mais tempo pra pensar.
Amanhã tudo vai transmutar,
Codificar, se consumar.
Amanhã....
Amanhã....
Amanhã....

Não vou fazer resumo de toda a minha vida,
Se quando eu tive dor, ela não foi resumida.

Eu tive que apanhar pra saber como se bate,
Então me diz porque tem vários que pularam essa parte.

Não vou cultivar o ódio pra atirar num burguês,
Mas é foda trabalhar pra ter o mínimo no mês.

Tem vários Che Guevara que viraram Lutero,
Vários tão no paraíso merecendo o inferno.

Vai poema, vem dilema, o problema é o sistema,
Não tem pena, rouba a cena, continua o mesmo lema.

A vida é uma dádiva revés do deletério,
Se a morte for o caso, tem flores no cemitério.

Compulsivo à conversão num colapso mental,
Abstinência e opinião do conflito nacional.

Arsenal bélico do Rap é o compromisso,
Mas ainda acredito nesse tal de altruísmo.

Amanhã, tudo vai melhorar....
Amanhã, mais tempo pra pensar.
Amanhã tudo vai transmutar,
Codificar, se consumar.
Amanhã....
Amanhã....
Amanhã....

Passei por muito tempo sem entender a pergunta,
Só que quando agente entende quase sempre ela muda.

Então agente acumula tudo aquilo que aprendeu,
Só num aprende a lição aquele que já morreu.

Se perdeu no emocional, não sou fã do irracional,
Mas na ética eu sei quase tudo que é banal.

Abrange tudo aquilo que aqui tem no brasão,
Então consta nas estrelas da bandeira da nação.

Mas tem gente na sargeta, metendo a toca preta,
Partindo pra avenida enquadrando de escopeta.

Isso é calamidade, mas vou falar verdade,
Violência só existe porque o povo é covarde.

Tipo sabadão a tarde, parece que sou de Marte,
Preso em meu medo, sujeito sem liberdade.

Não ligo pra vaidade do poder capitalista,
Então foda-se a censura, Rappek entrou na lista.

Amanhã, tudo vai melhorar....
Amanhã, mais tempo pra pensar.
Amanhã tudo vai transmutar,
Codificar, se consumar.
Amanhã....
Amanhã....
Amanhã....

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