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Selvagens olhos, nego!

Otto

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Selvagens olhos, nego!
Uma infinita dor
Caminhos, fogo e água
Um rio, o tédio
Minha cabeça em volta dela
Como um turbante que passou, passou, passou

Selvagens olhos, nego!
Uma infinita dor
Caminhos, fogo e água
Um rio, o tédio
Minha cabeça em volta dela
Como um turbante que passou, passou

O mar
Pra quem sabe amar

O mar
Pra quem sabe amar
Pra quem sabe

Selvagens olhos, nego!
Uma infinita dor
Caminhos, fogo e água
Um rio, o tédio
Minha cabeça em volta dela
Como um turbante que passou, passou

O mar
Pra quem sabe amar
Pra quem sabe amar

O mar
Pra quem sabe amar
Pra quem sabe

A vida bate calada
Desafogada, bota pra valer
Ensaiou o ano inteiro
E por derradeiro
Escorreu pelas mãos, entre os dedos
Subiu mais alto que o mastro de um barco

Escorreu pelas mãos, entre os dedos, subiu mais alto que o mastro de um barco

Foi um carnaval que passou, foi num carnaval que passou
Que passou, que passou, que passou, que passou

O mar
Pra quem sabe amar
Pra quem sabe amar

O mar
Pra quem sabe amar
Pra quem sabe

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