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No meu baio cabos-brancos
Fui campear uma guarida
com o coração lunanco
pelas trompadas da vida
Quem anda assim nas caronas
batendo de venda em venda
precisa de uma cordeona
e china que lhe compreenda
Quando me encontro aluado
é um, dois, três e peço guerra
Só me acalma alguns afagos
e gaita com o som da serra
Vagando na noite mansa
Num baixo de lagoa
escutei a ressonância
de uma vaneira bem boa
eram esses os meus clamores
quando saí pelo mundo
percantas cheirando a flores
e um toque parindo fundo
Som da serra é estrela guia
Saí do fole co'a intenção
de levar toda alegria
ao povo do meu rincão
Um retrechar encorpado
Cristalino e transparente
Orgulho do meu Estado
bandeira da minha gente.