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De Pulperias

Noel Guarany

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Um payador que se preza
Mesmo rodando não cai
Recorre a vida cantando
Aos pés do Eterno Pai,
E depois volta de novo
Cantar pra o povo e se vai.

Conheço as penas do mundo
De tanto que já andei
Diz que existem sete penas
Sete mistérios também,
As minhas perdi a conta
Mistérios não encontrei.

Sou payador e me agrada
Esse ofício de cantor
Mesmo sofrendo no mundo
As penas de um cantador
Sou cantor e guitarreiro
Lá na mi'a querência flor.

Jamais me perdi no trilho
Quando canto opinando
Sempre falei as verdades
A quem tiver escutando
Humilde pra um peão d'estância
E touro pra um contestando.

Às vezes duro de queixo,
Às vezes meio macio,
Às vezes com turbulência
Às vezes calma de rio
Desses que embalam estrelas
Em claras noites de estio.

São manhas dos payadores
Da minha terra missioneira
Mais ou menos são iguais
Na minha pátria campeira
Touros, quando em seu rodeio
Touraços, a vida inteira.

Os amores que eu já tive
Nunca falei a ninguém
Vivo cantando no mundo
Amando e querendo bem
Sou payador missioneiro
Diga a importância que têm.

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