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Retrós e Linhas

Martinho da Vila

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Quem chuleia a verdade
Alinhava sem atar
Ai, coitado, errado nasceu
Pois se engana quem mente ao seu eu
Quem falseia e se nega
Se tropeçar ao negar
Se encharca no lodo
Se ateia mais fogo
Quem mente carrega
Às cegas penar
Qual seda falsa, a mentira não convence
Pois mais dia, menos dia
A verdade chega e vence
Bom cerzideiro jamais cose sem amor
E eu não uso sinhaninha
Que não tenha algum valor
Quem descose a realidade
Falsidade quer vender
Ai, que pena de quem borda o mal
Se aconselha ao menos um dedal
Minha mão no fogo por você não vou botar
A mentira é um remendo
E a verdade vai ficar
Meu lado negro pra você é um açoite
Quanto mais eu me ilumino
Pra você eu viro noite
Ai, que pena de quem cose o mal
Se aconselha ao menos dedal
Retrós e linhas, eu pesponto a minha dor
O tecido era bem frágil
Se puiu e se rasgou
E o amor é o amor do próprio amor
E o amor que pinta e borda
E recose o próprio amor
Convivo com a Alaíde Costa desde o tempo da Água Santa, Chave de Ouro, Aprendizes da Boca do Mato. Fiquei emocionado quando ela cantou o Retrós e Linhas numa festa negra no Circo Voador, com a mesma emoção registrada em disco. Um beijão, Chuvisca. Tomara que você goste da recriação.

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