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As Tamancas do Ceceu

Marcelo Oliveira

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"Conheci esse mulato
Parecia um carrapato
Que era um prego no lombilho
Pra cumprir a "patacuada"
De bombacha remangada
Fez as honras pra o tordilho."

Nos dizeres do Cêceu
Que seu mango era ateu
So a lua que era santa
Quando um urco renegado
O Cêceu desaforado
Gineteava de tamanca

Com malevas na maneia
Esperando a lua cheia
Pra fazer essa façanha
Nas tamancas oitavado
O Cêceu encorujado
Se lambia numa canha

Quando logo anoiteceu
Foi quem disse o Dom Cêceu
Que a lua se tardou
Enfrenando este duelo
O seu último martelo
Foi num gole que tomou

Assobiando o boi barroso
Com seu lenço já seboso
E um nó de maragato
Assim foi ao despacito
Com tragadas no seu pito
Pois gaúcho era o mulato

O tordilho ronconeiro
Que por maula e caborteiro
Era "tronxo" de uma orelha
E o maula corcoveando
Já saiu esparramando
O bruxismo da gadelha

Uma toca de coruja
Um trodilho cara suja
Foi entao que se perdeu
Ecoava esse barulho
Tilintando o pedregulho
Das tamancas do Cêceu

Quando logo anoiteceu
Foi quem disse o Dom Cêceu
Que a lua se tardou
Enfrenando este duelo
O seu último martelo
Foi num gole que tomou

Assobiando o boi barroso
Com seu lenço já seboso
E um nó de maragato
Assim foi ao despacito
Com tragadas no seu pito
Pois gaúcho era o mulato

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