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Crioulo do Mbororé

Mano Lima

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Parece até que fui parido de a cavalo
Um bom gaúcho não pode andar de a pé
Eu me criei esparramando a jueira
Não é de valde que nasci no bororé.

Um par de esporas, maneia forte e buçal
E um sovéu de três ramal pra lidar com égua gaviona
Veiaqueava e eu levanta os quartos a laço
Do pescoço inté o sovaco de cortar a minha chorona.

Quanta china já dormiu nos meus pelegos
Isso é segredo, não gosto de revelar
Vou lhe falar só de égua que veiaqueia
E quanta linda peleia eu me obriguei a escorar.

Não sou nervoso e nem tampouco sou bandido
Sou apenas divertido, gosto muito de brincar
A mim me agrada dar um rechego de facão
De quando em vez um beliscão que é pro inimigo se alertar.

Eu fui nascido neste torrão brasileiro
A minha pátria eu lhe garanto que é o rio grande
Sou gaúcho, veja bem que isso é uma raça
Sou bandoneon e me basta por qualquer lugar que eu ande.

Se por acaso um dia a morte me vier
O companheiro que puder me faça cruzar num butuí
Pois toda fruta não fica longe do pé
Me levem pro bororé e me plante de novo alí.

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