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Eu sou um bixo do mato
Que me criei no rigor
Agarrando touro a unha
E sourrando um corcoviador.
Pialando de todo laço
Até incendia meu tirador
Brote do oco da terra
Como brota um olho na agua
Cresci gaudério e sozinho
Sem pai sem mãe e sem nada
Cortando churrasco gordo
Quase toda a madrugada
Sou tipo gato paiero
Como a carne mal assada
Nunca cortei o cabelo
E quaje me alcanso na barba
E o bigode tem um serro
De tanta graxa quaiada
Certa vez uma gaúcha
Vei pra mim se queixar
Tu é um xirú apessoado
Queria te namorar
Mas eu não entendo disso
Nem se quer aprendi a falá
Eu gosto de pialá égua
Pra vê o estouro que dá.