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Sanga, Pitanga... Sabiá

Délcio Tavares

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Não fales que o som da tua voz me enternece
E só o que eu não quero agora é ternura
Enquanto durar esta ausência me esquece
Que a vida é a vingança que a gente padece
Ou cura ferindo, ou mata na cura

Eu hoje só quero sem mágoa nem zanga
O canto perdido daquele sabiá
Que em pleno novembro buscava a pitanga
E um dia sumiu numa curva da sanga
Fazendo correr o meu choro de piá

Há tantos invernos carrego um segredo
Que morro de medo, de angústia, sei lá
De ver a esperança voar campo afora
E um dia cansada de tanta demora
Desaparecer como aquele sabiá

Por isso não ouse surgir de repente
Não sejas presente, que ausência é meu chão
Pois eu sou um daqueles que a vida inclemente
Maltrata e devora, e depois simplesmente
Vai ver que era feito de alma e canção

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