Letras Web

O rio e eu

Délcio Tavares

41 acessos

Ao ver o rio correr bravio me perguntei
Por onde andam estas águas mal domadas
Eu sei que às vezes são serenas como asas
E às vezes tensas como potros em debandada

Ser como o rio me faz pensar num pago novo
Andar e andar, sem ter licença e nem fronteira
Poder cruzar terras sem dono ou proibidas
Vagar solito, ser remanso ou corredeira

Vestir a luz do sol em tons de colorado
E murmurar uma cantiga à luz da lua
Abrir os braços em abraços caborteiros
Ao afagar o ventre da pampa xirua

Vou como o rio sem ter desejo de voltar
Sem vacilar, seguindo o rumo que ele mande
Talvez um dia eu seja água em branca espuma
Jorrando livre no vazio de um salto grande

Top Letras de Délcio Tavares

  1. Mate de Esperança
  2. Bate o Sino
  3. Prenda Minha
  4. Canção do Pescador
  5. Cavalo Preto
  6. Versos do amor sem fim
  7. Colírio
  8. Rancho coração
  9. De fletes e amores
  10. Quando as horas se alongam