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O Moço e o Rio

Délcio Tavares

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Quase a sombra da figueira
Carcomida pelo tempo
Uma cruz de guajuvira
Bota mistérios no rio...

Saiu entrando na tarde
E dentro da tarde sumiu
Chutando a pedra dos passos
sentou-se a beira do rio...

Jogando pedra nas águas
A tarde entrando saiu
Como se pedra e mágoa
Fossem pro fundo do rio...

Tudo é silêncio no passo
É tarde, anuncia o frio
E o vento apagou o seu rastro,
Na areia clara do rio

E dizer que o mesmo vento
Cruzou num rancho vazio
Por que a lembrança da moça
O moço afogou no rio...

Saiu entrando na tarde...

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