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Ao Tranco

Délcio Tavares

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Ao tranco largo numa noite de inverno
Com um ventito a dobrar o meu chapéu
Nem a lua se escapou do doze braças
E as estrelas se sumiram lá no céu

A nazarena acompanhando o vento norte
Que assobiava debruçado no aramado
E um lombilho a ringir em contraponto
Lembrando um baile de sapo no banhado

Que coisa linda andar à noite a tranco largo
Repontando uma tropilha de lembranças
Recorro o pampa no meu flete faz-de-conta
E volto à infância no petiço da esperança

O moiro é um mestre uma coruja atenta chia
Contemplando o andarengo desconfiada
E o zaino velho já andava até solito
Pois conhecia há muito tempo aquela estrada

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