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Ronda 2

Arrigo Barnabé

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Na noite alta os ratos rondam
E no asfalto os carros roncam

Bares e clubes luzem, sinais
Gangues de punks lúmpens demais
E prostitutas passam ao léu
E viaturas surgem no breu

Quando nas casas os justos dormem
Quando não matam os brutos morrem

Os seus olhos filtram letras
Luminosos, faroletes e holofotes
Nos seus olhos se reflete
Todo o lume do negrume dessa noite

Cena de bangue-bangue, faróis
Tiras, bandidos, anti-heróis
Tiros e gritos, cante mortal
Cena de sangue, lance normal

E pelas ruas, peruas rugem
Se abrem alas e as balas zunem

De repente você treme
E a sirene passa entre automóveis
Em suspense você pensa
O que pode com o ódio desses homens?

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