Letras Web

Café Das Camareiras

Alfredo Marceneiro

7 acessos

Vou fazer a descrição
Dum café de camareiras
Que havia na Mouraria
Lembrar tempos que lá vão
De fidalgos e rameiras
E cenas de valentia

Os fadistas são atores
O cenário é a ralé
Com isso ninguém se ilude
Nós somos os espectadores
O teatro é o café
Do cantinho da saúde

É bom que ninguém se afoite
Vão dar-se cenas canalhas
Nesses antros de má fé
Eram dez horas da noite
Entrou a rusga às navalhas
P'las portas do café

O Pinóia da guitarra
Fadista bem conhecido
Parou de cantar o fado
Há burburinho, algazarra
E um fidalgo destemido
Negou-se a ser apalpado

Rufias falam calão
E uma camareira esperta
Chegou-se com ligeireza
À beira de um rufião
Sacando a navalha aberta
Que este espetara na mesa

Depois da rusga abalar
Entraram muitas rameiras
Há movimento, alegria
Há fadistas a cantar
Várias cenas desordeiras
Era assim a Mouraria

Top Letras de Alfredo Marceneiro

  1. Amor É Água Que Corre
  2. Depois do Leilão
  3. Lembro-me de Ti
  4. Fado Cravo
  5. O Louco
  6. Mocita Dos Caracois
  7. O Leilão da Mariquinhas
  8. Bêbado Pintor
  9. O Marceneiro
  10. Cabaré