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Por estas tardes de chuva

Abramo Machado e Felipe Araujo

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Na bomba do mate ficou o desejo
de ganhar o teu beijo, ganhar teu amor
De cantar milongas nestas tardes longas
de chuva batendo e cantigas de amor

Beijo de prata sentindo tua boa
e essa ansia louca vem me atormentar
A chuva guasqueada não lava minhas magoas
que se tornaram aguas pro mate lavar

O que há de misterio nestas tardes de chuva
Quando a lida muda, me prendendo no galpão
Engraxo as cordas, toso o pingo, remendo o laço
Depois me abraço no meu velho violão

Chegou noticias do posteiro do fundo,
que desabou no mundo as águas do céu
O Camaquã se veio, com esse tempo feio,
ilhando rodeio, fazendo escarcéus

O que há de misterio nestas tardes de chuva
Quando a lida muda, me prendendo no galpão
Engraxo as cordas, toso o pingo, remendo o laço
Depois me abraço no meu velho violão

O que há de misterio nestas tardes de garoa
Quando o pensamento voa a campear desilusão
Minha canção sai louca ao rumo da estrada
Pra encontrar minha amada, e acalmar meu coração

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