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Pelas Ruas do Brasil

Abimael Gomes

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Essa marcha que não muda. essa elite cega e surda.
Que não vê o operário em sua porta.
Há os gritos dos excluídos e a tensão dos perseguidos.
E a nova geração crescendo torta.
Os originais são loucos, os que ousam émuito pouco.
Comparado ao rebanho controlado.
Os talentos ameaçam o sistema que abraça.
E aceita apenas os alienados.

Há poetas de bolsos vazios,dando o que pariram,
Em troca de pão.
Estão vendendo, de um modo cruel, terreno no céu
Com a bíblia na mão.
Estão quebrando o resto do brasil.
Estão fazendo circo da nossa nação.
Qualquer dia desses o povo acorda.
Prá tirar da cova uma revolução.

Esse açoite nos lombos, essa queda esse tombo
Anestesiado pelas fantasias.
Esse consumo de tempo, esse entretenimento,
Que arrasta a vida nessa ventania,
Essa massa manobrada que cresce esparramada,
Alugando os braços prá se alimentar.
Esse mísero salário que abre a cova do operário,
É uma forma camuflada de matar.

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