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Terra dos Deuses

A286

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Nem mesmo o santo escapou do ódio do instinto e viu em tempos de dor seu amor também extinto
Quantas mão tentei acreditar na justiça, injustiçado desde o parto, conhecendo o inferno em vida
Minha cruz foi o êxito da fecundação, pelo prazer sem proteção que vem sem pai na certidão e perde a sorte de ser o embrião da pesquisa e cresce armado sem querê, emancipado pela vida!
Deus perdoa os pente carregado na guerra, onde se mata por amor sonhando com o império da terra
Rouba meu sonho, cria um mundo arquitetônico de estratégia nuclear, num coração mecânico
Só assim pra entende a mente que escraviza, aí Deus você errou, João me convence com a mentira

Recicla o erro, faz apelo, arrasta multidãofecha os olhos abre a mão, amassa o pão pra divisão
Buscando o ápice da ciência, nobel do homem gênio, pra daqui 30 anos estar respirando nitrogênio
Nos DNA em laboratório alterado, pra vida na lua em fuga da raiva do desempregado
É o que entende minha dor pelo aparelho portátil, digital em alta definição e minha casa embaixo do barro
A mãe não voltou porque morreu caçando comida na caçamba, tentando decifrar: "irmão, Jesus te ama."

É impossível sonhar, na terra dos deuses
É impossível sonhar

Não tenta amar o próximo onde só o ódio interage. Ninguém dispensa bomba à vácuo pra obter a cura da AIDS
Vê o segredo do sucesso em mensagem subliminar, na imagem da família, desnutrida, sem lar
Que nem em oração com o terço de joelho muda o quadro, da torneira com pano de prato, filtrando água com barro
Sem saneamento básico, fazem.30 ser uma das necessidades básicas da vida
Entendo o beijo do judas na pregação do culto, quem na promessa do paraíso te deixa sem um puto
Me quer com fé na merda, acreditando que o fim da dor é minha moeda de oferta enchendo o rabo do pastor
Quantos daqui vi sem cabeça cessar vida, vendo descer do céu fogo invés dos anjos com messias
Sem intervenção divina, um feto assassinado pela mãe em gestação, com os trago do cigarro
Não, nada trouxe paz desde a razão do homem, quando o sangue do semelhante foi meio de combater fome
O genocídio do século XXI não rasga o peito, extermina desnutrido no preço dos alimentos.
A lição é de guerrilha, em aula de tiro. Onde o poder não estimula valor ao livro
Céu não passou de imagem pintada na imaginação por quem viu o jardim do éden, cobrindo corpo no caixão

É impossível sonhar, na terra dos deuses
É impossível sonhar

O olhar do homem não vê raça como biologia, ciência, nem sempre vale pro capitalista
Conforta as mão negra lavando o pé do senhor, mesmo ciente que apenas 6 do total de genes definem a cor
Darwin não errou na teoria dos organismo em mutação, amanhã tem um mano com pele a prova de balas, protegendo o coração
Adaptado ao ambiente que o boy construiu distribuindo droga, distribuindo fuzil
Até quando sonhar com sorriso enquanto a guerra é pelo universo, tenta ama o inimigo pela paz sem sucesso
O homem é a própria peste, por vaidade mata. Te da xarope contra tosse na formula com glicerina falsa
Entendo, quem em campanha do desarmamento não troca arma por brinquedo, por cesta com alimento, porque teve seus direitos violados sem perdão no descaso e explorados na desinformação
Então que o choro do preconceituoso não cesse, enquanto a avaliação de caráter for definido à cor da pele
Sem cicatrização da ferida, viva a vida refugiado em seus palácios, limitados a ouro e vigia
Enquanto o homem persistir em vencer a natureza, que nasça 10 mil ciclones, extinga nosso genoma
O inferno é flores com corais em águas cristalinas, e um Deus que explode o próprio filho, sem terra prometida

É impossível sonhar, na terra dos deuses
É impossível sonhar

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